Viver mais não significa necessariamente viver com qualidade, atualmente com o aumento da expectativa de vida tem se discutido mais a respeito, a gerontologia(campo de estudos interdisciplinar que investiga os fenômenos fisiológicos, psicológicos e sociais e culturais relacionados com o envelhecimento do ser humano.), tem como lema “acrescentar vida aos anos e não apenas anos a vida”, ou seja, deve-se buscar envelhecer com qualidade de vida.
Segundo Berger o envelhecimento compreende dois processos: a senescência e a senilidade, a senescência é o envelhecimento inevitável, são as mudanças físicas, fisiológicas e cognitivas que ocorrem de forma gradual, com o passar do tempo, já a senilidade é o envelhecimento secundário resultante de doenças, abusos, afastamento das atividades sociais, falta de atividade física e estimulação cognitiva, de onde se concluí que este processo de envelhecimento depende do estilo de vida de cada um, um estilo de vida saudável implicará em um envelhecimento mais tranquilo, pois velhice não tem de ser sinônimo de doença ou inutilidade.
Alguns gerontólogos como Hawlor e Cantor, desenvolveram a teoria da atividade, segundo esta quanto mais ativos e mais funções desempenharem os idosos maior a longevidade e interesse pela vida.
A OMS (organização mundial de saúde) define a qualidade de vida na terceira idade como a manutenção da saúde em seu melhor nível possível, em todos os seus aspectos, isso é tanto no aspecto físico, como no emocional, social e espiritual.
No entanto podemos dizer que o conceito de qualidade de vida também é subjetivo, está ligado à auto-estima e ao bem estar pessoal. Pesquisas realizadas com idosos de vários níveis sócio-econômicos apontaram para alguns dos fatores relatados por eles como importantes para que se tenha uma boa qualidade de vida, são eles:
“Sobre o conceito de qualidade de vida encontraram como resultados a valorização pelos idosos do bom relacionamento com a família, com amigos e da participação em organizações sociais; da saúde; de hábitos saudáveis; de se possuir bem-estar, alegria e amor; de uma condição financeira estável; do trabalho; da espiritualidade; de se praticar trabalhos voluntários e de se poder aprender mais.”
Outros estudos apontam para a necessidade de atividades físicas e de lazer, para que através de uma vida mais ativa se busque o equilíbrio entre as limitações e potencialidades do idoso. Com o processo do envelhecimento ocorrem modificações fisiológicas normais, tais como a diminuição das aptidões físicas, ocorrem também mudanças psicológicas e sociais.
A diminuição da atividade acaba gerando uma baixa na auto-estima, auto-desvalorização, o que acaba levando o idoso ao isolamento social.
Muitas das vezes todas essas transformações relativas ao processo biológico do envelhecimento, juntamente com a discriminação e desvalorização do idoso pela sociedade acabam desencadeando um processo depressivo. Sabe-se hoje em dia que a depressão é uma das doenças mais comuns na terceira idade.
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