sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
domingo, 18 de dezembro de 2011
Poeminha Amoroso, de Cora Coralina
Este é um poema de amor
tão meigo, tão terno, tão teu...
É uma oferenda aos teus momentos
de luta e de brisa e de céu...
E eu,
quero te servir a poesia
numa concha azul do mar
ou numa cesta de flores do campo.
Talvez tu possas entender o meu amor.
Mas se isso não acontecer,
não importa.
Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste pequeno poema,
o verso;
o tão famoso e inesperado verso que
te deixará pasmo, surpreso, perplexo...
eu te amo, perdoa-me, eu te amo...
tão meigo, tão terno, tão teu...
É uma oferenda aos teus momentos
de luta e de brisa e de céu...
E eu,
quero te servir a poesia
numa concha azul do mar
ou numa cesta de flores do campo.
Talvez tu possas entender o meu amor.
Mas se isso não acontecer,
não importa.
Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste pequeno poema,
o verso;
o tão famoso e inesperado verso que
te deixará pasmo, surpreso, perplexo...
eu te amo, perdoa-me, eu te amo...
Divagando sobre o Natal
Percebo uma urgência, pessoas correndo de um lado para o outro... urgência em comprar,a em pagar, em beber todas, em ser feliz.... Será um movimento consciente, ou um movimento da massa, quase uma obrigação. É isso o natal? Afinal o que significa? Comprar presentes, pagar dívidas, comprar peru, chester , tender... enfim... Estar com as pessoas amigas, que amamos? Cada um de nós se movimenta de acordo com o significado que damos a essa data tão especial. Afinal, representa o nascimento de nosso MESTRE, amado e querido Jesus Cristo. Aquele que veio através de seus atos nos ensinar o significado da palavra AMOR e que temos tanta dificuldade em exercitar em nossa vida cotidiana.
Dessa forma, é interessante pararmos, nos olharmos, silenciarmos e nos percebermos. Isso é Natal, também.
Dessa forma, é interessante pararmos, nos olharmos, silenciarmos e nos percebermos. Isso é Natal, também.
terça-feira, 7 de junho de 2011
domingo, 15 de maio de 2011
sábado, 14 de maio de 2011
Sopa Quântica , entrevistada- Anna Sharp
Com Marília Gabriela
Anna se apresentou como uma mulher empreendedora e curiosa, que sempre buscou a felicidade. A felicidade é seu tema predileto e seu objetivo de vida.
Neta de Ana de Assis, a consultora afirmou que em sua vida familiar não faltava dinheiro e saúde, mas felicidade ela não encontrava. Estudou em colégio de freira e lá, felicidade, nem pensar. Mas sempre acreditou que a felicidade existia. Em sua busca, após cursar o colégio, foi procurar pela tal felicidade em vários lugares, no espiritismo, no budismo, nos namoros, nas noitadas, fora do país...
Casou-se e,depois de um tempo,se separou do marido e não se sentia uma pessoa feliz. Desistiu de Deus, pois não o encontrava em religião nenhuma. Quando já tinha seus quatro filhos, resolveu estudar física para entender o mundo já que, para ela, Deus não explicava e nem tinha poder sob o funcionamento da Terra. Ela ainda buscava um sentido maior para a sua vida. Foi na Universidade Federal do Rio de Janeiro, numa sala repleta de alunos, durante uma aula de física, que ela encontrou suas respostas e a tão esperada felicidade. Nessa época, ainda estava separada e o impacto da sua descoberta foi tamanho que ela não se recorda como conseguiu voltar para casa naquele dia. "Foi um o momento de luz", comenta.
Chegou a conclusão de que estava tudo errado. Ela se via cercada de infelicidade e o erro era só dela. A felicidade estava em seu interior e a única pessoa responsável pelos acontecimentos em sua vida era ela mesma. Não era problema do marido, dos filhos, da política, da economia nacional, o problema estava com ela e a solução também. Começou a mudar seu estilo de vida. Voltou para o marido, reatou o casamento, fechou sua fábrica de roupa mesmo com dívidas, e se resolveu investir na felicidade. As pessoas em sua volta não entendiam as mudanças e questionavam suas atitudes.
Um dia, um amigo resolveu conversar sério sobre o assunto. Queria saber qual o segredo da sua mudança de vida. A resposta de Anna foi objetiva - "é a física", disse. Ele propôs pagá-la para que se encontrassem formalmente e ela pudesse explicar detalhadamente o que aprendeu com a física conceitual. Ele disponibilizou o dinheiro que gastava com seu analista para participar de reuniões com Anna Sharp. E assim a consultora iniciou a sua carreira. Em poucas semanas, sua agenda estava lotada. Havia descoberto o seu dom e as portas começaram a se abrir.
Seu irmão a questionava, dizendo que ela não era terapeuta e que estaria exercendo uma profissão sem ser habilitada. Resolveu, então, fazer psicologia. Não chegou a se formar, pois viu que esse não era o caminho certo. Por sugestão de seu marido foi ao exterior se interar sobre os movimentos da "nova era" que surgiram nos anos 70, as terapias alternativas. Nos Estados Unidos conquistou vários diplomas que a autorizaram a exercer a profissão de terapeuta. Voltando ao Brasil, continuou dando aulas de física prática e seu nome começou a ficar conhecido no mercado. A convite de um amigo que havia assumido a presidência da Telemar, deu seu primeiro seminário em uma empresa para atender a diretoria da instituição.
A Telemar tinha inúmeros funcionários e a consultora viu que poderia ajudar o crescimento da empresa, transmitindo seus conhecimentos a todos os colaboradores. Seu amigo não concordou, achava que nem todos os funcionários entenderiam o que ela tinha a dizer. Para sair daquele impasse, Anna fez uma proposta ousada, ela daria de graça o seminário para 100 alunos. Se desse resultado, ele pagaria o curso para o restante do pessoal. A consultora acabou dando o curso para 3 mil funcionários e como resultado recuperou dezenas de pessoas alcoólatras, drogadas, analfabetas, em fim, pessoas simples que moravam em favelas. "Esse foi o trabalho mais gratificante da minha vida" afirma a terapeuta. Esse um grande salto na carreira de Anna que hoje dá palestras no mundo todo.
Continuando sua apresentação, Anna disse que daria ao Instituto Via de Acesso e a todos os presentes, o coração de seu seminário. Mostraria as ferramentas que possibilitam uma mudança de vida e que fizeram dela a pessoa mais feliz do mundo. Mas alerta, "elas precisam ser praticadas, só conhecer a teoria não adianta, a prática é que traz a felicidade".
Segundo a consultora, nossa história começa na era do "fazer" onde o poder estava nas mãos dos proprietários de terras. Após a revolução industrial passamos para a era do "ter", onde o poder era medido pelos bens conquistados. Pouco a pouco foi constado que o "fazer" e o "ter" não trouxeram ao homem a felicidade desejada. Então iniciou-se o movimento da "nova era" em busca da felicidade. Foi a época dos hippies, dos anos 60. A insatisfação acabou por nos levar finalmente para a era do "ser". Paramos de procurar a satisfação no mundo lá fora e olhamos para dentro. O poder hoje está com os produtores do abstrato, está com quem tem criatividade e conhecimento.
O poder está com quem conhece a sopa quântica e o segredo está em saber mexer com esta sopa. Newton, no século XVII, explicou a natureza como uma máquina de relógio. Tudo foi fragmentado. Surgiram as especializações, o médico passou a atender uma especialidade e não via mais o paciente como um todo, por exemplo. O mundo e o ser humano passaram a ser vistos como peças de uma engrenagem. Nós nos tornamos tão especializados que transformamos a máquina em algo maior. Passamos a ver o mundo de forma globalizada. Voltamos a unidade de onde saímos. E é essa unidade que nos fará dar um salto quântico na humanidade. "Estamos no limiar de algo muito bom, indo ao encontro do conhecimento da plenitude, estamos no caminho da felicidade", afirma. Para Anna o problema é que vivemos uma crise de percepção.
Nós não percebemos o que o mestre da física nos ensinou. Somos energia pura. O mundo externo é reflexo do mundo interno, segundo Einstein. Não existe intervalo entre a mente e a matéria. "O que eu penso é o que eu materializo", comenta Anna. Somos responsáveis por tudo aquilo que criamos.
Para a terapeuta, só alcançaremos o estágio de plenitude quando tomarmos conhecimento da sopa quântica. E para construirmos nossa sopa precisemos de algumas qualidades:
1) Atenção para se libertar do automatismo. Somos robôs, repetimos acontecimentos.
2) Esforço para compreender o diferente. Tentar entender o outro e mundo que ele enxerga.
3) Responsabilidade para aprender com os próprios erros. O erro é a maior aprendizagem. Ouse, erre e não repita o erro. Culpa é uma palavra que deve ser enterrada para sempre.
Anna afirma que somos induzidos pelo pensamento cartesiano, a ver para crer. Isso não é verdade. A física comprova que os átomos não existem até o momento em que se decide olhar para ele. Então, o universo físico também não existe sem os nossos pensamentos sobre ele. È preciso crer para ver. Você não vê o que você não acredita que exista. O mundo muda. Não vemos os campos energéticos, os ácaros, os micróbios, mas eles existem e você sabe disso. As partículas dos objetos são abstratas. O modo como elas se apresentam depende da maneira como olhamos. Ora como ondas, ora como partículas. Por exemplo, posso estar procurando os óculos e não acreditar que ele está perto, então eu não vejo. Mas ele está na minha frente. Estou com uma idéia pré-concebida que não me permite enxergar. Os óculos viraram ondas, naquele momento. Existe um laboratório na fronteira da Suíça com a França, onde um reator prova esse conceito.
O comportamento dessas sub-partículas é influenciado pelo método de observação que empregamos,como se elas soubessem o que esperamos observar. O pensamento verdadeiro é uma crença. A crença é que comanda as sub-partículas e não o nosso desejo. Essa crença é seu programa mental. Você não cria esse programa, você aceita esse programa que lhe é imposto por circunstâncias.
Quando nós não olhamos são apenas possibilidades, quando olhamos são partículas. Estamos falando do olhar da consciência. Se eu sei que algo existe, ele deixa de ser uma possibilidade e passa a ser real. O observador é participante. O ato de observação altera fisicamente a natureza do que está sendo observado, criando a realidade das nossas observações. É o nosso olhar que define o que vemos.
Com base nesses conceitos, a consultora afirma, "Não há nada que não possamos ser, fazer ou ter. Precisamos focar a nossa atenção naquele objetivo". Para Anna tudo é possível. O problema é que pensamos muito mais no que não queremos que aconteça. Nós só vemos o que nos ensinaram que era possível ver. Precisamos nos concentrar naquilo que desejamos viver. Estamos paralisados em nossas verdades e em nossas crenças, ficamos incapazes de nos movimentar para enxergar novas possibilidades que nos permitiriam mudar o que pensamos e, consequentemente, o que sentimos e o que criamos. Para a terapeuta, precisamos abrir nossas crenças e nos conscientizarmos de que não sabemos de nada. "Só sei que não sei nada", comenta. É preciso que não tenhamos medo de nosso poder para darmos um salto quântico em nossas vidas. Anna cita uma afirmação de Newton que diz, "A imaginação é mais importante que o conhecimento".
A receita da sopa quântica é a crença. O pensamento é decorrente da crença. A emoção vem do pensamento. E essa emoção sugere uma ação que você materializa. Esse é o processo de criação. Existem ferramentas que auxiliam as pessoas a mudarem suas crenças.
Anna reafirma que nós estamos no comando de nossas vidas. È o nosso olhar. Somos umas "baterias atômicas". Vivemos em um mundo de efeito, onde tudo vibra em constante movimento. Nossos pensamentos são ondas que vibram de acordo com o que acreditamos.
Segundo a consultora, o átomo dança na onda eletro-magnética em um ritmo de expulsão e atração. Com esse movimento, através dos pensamentos, ações e principalmente das emoções; enviamos e atraímos o mesmo tipo de energia. As ondas voltam. "A vida é como jogar uma bola na parede. Só devemos jogar o que conseguimos receber de volta", comenta. Para Albert Einstein, "A vida não dá e nem empresta. Ela não se comove e nem se apieda. Tudo que ela faz é retribuir o que nós lhe oferecemos".
Cada pensamento cria uma molécula. E a molécula é matéria. Nós temos em média 26 mil pensamentos por dia. Os pensamentos são decorrentes de nossas crenças. O problema é que 95% do que pensamos é igual ao pensamento de ontem, da semana passada, do mês passado e do ano passado. O mesmo pensamento repetido cria suficientes moléculas para materializar qualquer coisa. O pensamento aliado à emoção é a essência da matéria.
Nós falamos da física quântica como a nova física, que diz que a sub-partícula de matéria contém um todo. Essa nova física existe desde 1920 e nós ainda não aplicamos seus conceitos.
A emoção é química. Sentimento nós só temos um,o amor. Amor não é química, não vem do corpo. Emoção é fruto do neuro-transmissor. Ficamos viciados no tipo de química que produzimos com determinadas emoções. Existem pessoas viciadas no fracasso. Dominados pelo vício, recriamos inconscientemente situações para sentirmos a mesma sensação. O sistema não permite que tenhamos amor, saúde e dinheiro sem nos sentirmos culpados. Nós podemos tudo e não somos culpados de nada. As emoções são uma constante fonte de energia e as principais responsáveis por nossas ações, assim como pela maioria das doenças. Poucos percebem que a qualidade de vida depende primordialmente das emoções que impulsionam nossas ações. È preciso usar atenção, esforço e responsabilidade para não permitir que as emoções negativas tomem conta de nossas vidas.
Através de uma experiência pessoal, quando foi convidada a percorrer o Caminho de Santiago, Anna passou a se conhecer melhor. Com esse auto-conhecimento definiu o diagrama das raízes emocionais anti-éticas, destrutivas e culturais. São nove demônios que estão dentro de nós o tempo todo, diariamente. Entramos todos os dias na onipotência, no julgamento, na rejeição, na culpa, no medo, na raiva, na carência, no orgulho e no poder (é a maçã). Imagina o que circula diariamente em nossas ondas. O correto seria nos fixarmos no diagrama das raízes emocionais éticas, positivas e naturais. Seria percorrermos nossos dias na humildade, na compreensão, na aceitação, na responsabilidade, na auto-preservação, na justa indignação, na união, no prazer e na competência. Não temos que provar nada, temos que realizar as coisas por prazer, estamos no planeta dos sentidos. Temos que usar nosso potencial, nossa competência, nosso talento. Você é única, sua digital é única. Ninguém faz o que você faz do seu jeito. Não existe culpa. Podemos renascer a cada dia, a cada pensamento e a cada emoção.
Toda a criação humana teve origem a partir da imaginação de alguma mente. E todo pensamento tem uma seqüência que emite sinais. Essa é a lei da atração. É preciso assumir a responsabilidade de que nós somos a grande causa, somos os criadores dos efeitos de nossa vida. O físico David Bono afirmou, "o campo quântico é um meio contínuo presente em todo o universo. Um tipo de energia maleável à intenção humana. Como se nossa expectativa pudesse causar ou afetar outros fluxos de energia".
Para a terapeuta, precisamos alcançar o nosso lugar de direito. Sermos deuses de nossas próprias vidas. A competência é uma manifestação de seu potencial. E o poder é a onipotência do ego. A competição é o desejo de afirmação. Já o potencial é fruto da humildade. Todo o conhecimento está contido em cada indivíduo e em cada coisa. Do micro ao macro é um todo completo. Somos completos e únicos. O que define o que vemos é a crença. Uma mistura de memória com interpretação pessoal. Não estamos no mundo. O mundo que percebemos está dentro de nós. É efeito de nossas idéias. Somos um todo dinâmico e inseparável. Somos o universo olhando para si mesmo, dentro de si mesmo. Somos um!
Para finalizar, Anna afirma que estamos vivendo um momento especial "a casca velha vai cair e algo novo vai nascer. Estamos chegando lá, estamos em um processo de conscientização da humanidade". Para ela, o trabalho do Instituto Via de Acesso já é um caminho para o novo, para o mundo que está por vir e que será muito melhor.
( postado por Banca da Cultura Sustentável)
Anna se apresentou como uma mulher empreendedora e curiosa, que sempre buscou a felicidade. A felicidade é seu tema predileto e seu objetivo de vida.
Neta de Ana de Assis, a consultora afirmou que em sua vida familiar não faltava dinheiro e saúde, mas felicidade ela não encontrava. Estudou em colégio de freira e lá, felicidade, nem pensar. Mas sempre acreditou que a felicidade existia. Em sua busca, após cursar o colégio, foi procurar pela tal felicidade em vários lugares, no espiritismo, no budismo, nos namoros, nas noitadas, fora do país...
Casou-se e,depois de um tempo,se separou do marido e não se sentia uma pessoa feliz. Desistiu de Deus, pois não o encontrava em religião nenhuma. Quando já tinha seus quatro filhos, resolveu estudar física para entender o mundo já que, para ela, Deus não explicava e nem tinha poder sob o funcionamento da Terra. Ela ainda buscava um sentido maior para a sua vida. Foi na Universidade Federal do Rio de Janeiro, numa sala repleta de alunos, durante uma aula de física, que ela encontrou suas respostas e a tão esperada felicidade. Nessa época, ainda estava separada e o impacto da sua descoberta foi tamanho que ela não se recorda como conseguiu voltar para casa naquele dia. "Foi um o momento de luz", comenta.
Chegou a conclusão de que estava tudo errado. Ela se via cercada de infelicidade e o erro era só dela. A felicidade estava em seu interior e a única pessoa responsável pelos acontecimentos em sua vida era ela mesma. Não era problema do marido, dos filhos, da política, da economia nacional, o problema estava com ela e a solução também. Começou a mudar seu estilo de vida. Voltou para o marido, reatou o casamento, fechou sua fábrica de roupa mesmo com dívidas, e se resolveu investir na felicidade. As pessoas em sua volta não entendiam as mudanças e questionavam suas atitudes.
Um dia, um amigo resolveu conversar sério sobre o assunto. Queria saber qual o segredo da sua mudança de vida. A resposta de Anna foi objetiva - "é a física", disse. Ele propôs pagá-la para que se encontrassem formalmente e ela pudesse explicar detalhadamente o que aprendeu com a física conceitual. Ele disponibilizou o dinheiro que gastava com seu analista para participar de reuniões com Anna Sharp. E assim a consultora iniciou a sua carreira. Em poucas semanas, sua agenda estava lotada. Havia descoberto o seu dom e as portas começaram a se abrir.
Seu irmão a questionava, dizendo que ela não era terapeuta e que estaria exercendo uma profissão sem ser habilitada. Resolveu, então, fazer psicologia. Não chegou a se formar, pois viu que esse não era o caminho certo. Por sugestão de seu marido foi ao exterior se interar sobre os movimentos da "nova era" que surgiram nos anos 70, as terapias alternativas. Nos Estados Unidos conquistou vários diplomas que a autorizaram a exercer a profissão de terapeuta. Voltando ao Brasil, continuou dando aulas de física prática e seu nome começou a ficar conhecido no mercado. A convite de um amigo que havia assumido a presidência da Telemar, deu seu primeiro seminário em uma empresa para atender a diretoria da instituição.
A Telemar tinha inúmeros funcionários e a consultora viu que poderia ajudar o crescimento da empresa, transmitindo seus conhecimentos a todos os colaboradores. Seu amigo não concordou, achava que nem todos os funcionários entenderiam o que ela tinha a dizer. Para sair daquele impasse, Anna fez uma proposta ousada, ela daria de graça o seminário para 100 alunos. Se desse resultado, ele pagaria o curso para o restante do pessoal. A consultora acabou dando o curso para 3 mil funcionários e como resultado recuperou dezenas de pessoas alcoólatras, drogadas, analfabetas, em fim, pessoas simples que moravam em favelas. "Esse foi o trabalho mais gratificante da minha vida" afirma a terapeuta. Esse um grande salto na carreira de Anna que hoje dá palestras no mundo todo.
Continuando sua apresentação, Anna disse que daria ao Instituto Via de Acesso e a todos os presentes, o coração de seu seminário. Mostraria as ferramentas que possibilitam uma mudança de vida e que fizeram dela a pessoa mais feliz do mundo. Mas alerta, "elas precisam ser praticadas, só conhecer a teoria não adianta, a prática é que traz a felicidade".
Segundo a consultora, nossa história começa na era do "fazer" onde o poder estava nas mãos dos proprietários de terras. Após a revolução industrial passamos para a era do "ter", onde o poder era medido pelos bens conquistados. Pouco a pouco foi constado que o "fazer" e o "ter" não trouxeram ao homem a felicidade desejada. Então iniciou-se o movimento da "nova era" em busca da felicidade. Foi a época dos hippies, dos anos 60. A insatisfação acabou por nos levar finalmente para a era do "ser". Paramos de procurar a satisfação no mundo lá fora e olhamos para dentro. O poder hoje está com os produtores do abstrato, está com quem tem criatividade e conhecimento.
O poder está com quem conhece a sopa quântica e o segredo está em saber mexer com esta sopa. Newton, no século XVII, explicou a natureza como uma máquina de relógio. Tudo foi fragmentado. Surgiram as especializações, o médico passou a atender uma especialidade e não via mais o paciente como um todo, por exemplo. O mundo e o ser humano passaram a ser vistos como peças de uma engrenagem. Nós nos tornamos tão especializados que transformamos a máquina em algo maior. Passamos a ver o mundo de forma globalizada. Voltamos a unidade de onde saímos. E é essa unidade que nos fará dar um salto quântico na humanidade. "Estamos no limiar de algo muito bom, indo ao encontro do conhecimento da plenitude, estamos no caminho da felicidade", afirma. Para Anna o problema é que vivemos uma crise de percepção.
Nós não percebemos o que o mestre da física nos ensinou. Somos energia pura. O mundo externo é reflexo do mundo interno, segundo Einstein. Não existe intervalo entre a mente e a matéria. "O que eu penso é o que eu materializo", comenta Anna. Somos responsáveis por tudo aquilo que criamos.
Para a terapeuta, só alcançaremos o estágio de plenitude quando tomarmos conhecimento da sopa quântica. E para construirmos nossa sopa precisemos de algumas qualidades:
1) Atenção para se libertar do automatismo. Somos robôs, repetimos acontecimentos.
2) Esforço para compreender o diferente. Tentar entender o outro e mundo que ele enxerga.
3) Responsabilidade para aprender com os próprios erros. O erro é a maior aprendizagem. Ouse, erre e não repita o erro. Culpa é uma palavra que deve ser enterrada para sempre.
Anna afirma que somos induzidos pelo pensamento cartesiano, a ver para crer. Isso não é verdade. A física comprova que os átomos não existem até o momento em que se decide olhar para ele. Então, o universo físico também não existe sem os nossos pensamentos sobre ele. È preciso crer para ver. Você não vê o que você não acredita que exista. O mundo muda. Não vemos os campos energéticos, os ácaros, os micróbios, mas eles existem e você sabe disso. As partículas dos objetos são abstratas. O modo como elas se apresentam depende da maneira como olhamos. Ora como ondas, ora como partículas. Por exemplo, posso estar procurando os óculos e não acreditar que ele está perto, então eu não vejo. Mas ele está na minha frente. Estou com uma idéia pré-concebida que não me permite enxergar. Os óculos viraram ondas, naquele momento. Existe um laboratório na fronteira da Suíça com a França, onde um reator prova esse conceito.
O comportamento dessas sub-partículas é influenciado pelo método de observação que empregamos,como se elas soubessem o que esperamos observar. O pensamento verdadeiro é uma crença. A crença é que comanda as sub-partículas e não o nosso desejo. Essa crença é seu programa mental. Você não cria esse programa, você aceita esse programa que lhe é imposto por circunstâncias.
Quando nós não olhamos são apenas possibilidades, quando olhamos são partículas. Estamos falando do olhar da consciência. Se eu sei que algo existe, ele deixa de ser uma possibilidade e passa a ser real. O observador é participante. O ato de observação altera fisicamente a natureza do que está sendo observado, criando a realidade das nossas observações. É o nosso olhar que define o que vemos.
Com base nesses conceitos, a consultora afirma, "Não há nada que não possamos ser, fazer ou ter. Precisamos focar a nossa atenção naquele objetivo". Para Anna tudo é possível. O problema é que pensamos muito mais no que não queremos que aconteça. Nós só vemos o que nos ensinaram que era possível ver. Precisamos nos concentrar naquilo que desejamos viver. Estamos paralisados em nossas verdades e em nossas crenças, ficamos incapazes de nos movimentar para enxergar novas possibilidades que nos permitiriam mudar o que pensamos e, consequentemente, o que sentimos e o que criamos. Para a terapeuta, precisamos abrir nossas crenças e nos conscientizarmos de que não sabemos de nada. "Só sei que não sei nada", comenta. É preciso que não tenhamos medo de nosso poder para darmos um salto quântico em nossas vidas. Anna cita uma afirmação de Newton que diz, "A imaginação é mais importante que o conhecimento".
A receita da sopa quântica é a crença. O pensamento é decorrente da crença. A emoção vem do pensamento. E essa emoção sugere uma ação que você materializa. Esse é o processo de criação. Existem ferramentas que auxiliam as pessoas a mudarem suas crenças.
Anna reafirma que nós estamos no comando de nossas vidas. È o nosso olhar. Somos umas "baterias atômicas". Vivemos em um mundo de efeito, onde tudo vibra em constante movimento. Nossos pensamentos são ondas que vibram de acordo com o que acreditamos.
Segundo a consultora, o átomo dança na onda eletro-magnética em um ritmo de expulsão e atração. Com esse movimento, através dos pensamentos, ações e principalmente das emoções; enviamos e atraímos o mesmo tipo de energia. As ondas voltam. "A vida é como jogar uma bola na parede. Só devemos jogar o que conseguimos receber de volta", comenta. Para Albert Einstein, "A vida não dá e nem empresta. Ela não se comove e nem se apieda. Tudo que ela faz é retribuir o que nós lhe oferecemos".
Cada pensamento cria uma molécula. E a molécula é matéria. Nós temos em média 26 mil pensamentos por dia. Os pensamentos são decorrentes de nossas crenças. O problema é que 95% do que pensamos é igual ao pensamento de ontem, da semana passada, do mês passado e do ano passado. O mesmo pensamento repetido cria suficientes moléculas para materializar qualquer coisa. O pensamento aliado à emoção é a essência da matéria.
Nós falamos da física quântica como a nova física, que diz que a sub-partícula de matéria contém um todo. Essa nova física existe desde 1920 e nós ainda não aplicamos seus conceitos.
A emoção é química. Sentimento nós só temos um,o amor. Amor não é química, não vem do corpo. Emoção é fruto do neuro-transmissor. Ficamos viciados no tipo de química que produzimos com determinadas emoções. Existem pessoas viciadas no fracasso. Dominados pelo vício, recriamos inconscientemente situações para sentirmos a mesma sensação. O sistema não permite que tenhamos amor, saúde e dinheiro sem nos sentirmos culpados. Nós podemos tudo e não somos culpados de nada. As emoções são uma constante fonte de energia e as principais responsáveis por nossas ações, assim como pela maioria das doenças. Poucos percebem que a qualidade de vida depende primordialmente das emoções que impulsionam nossas ações. È preciso usar atenção, esforço e responsabilidade para não permitir que as emoções negativas tomem conta de nossas vidas.
Através de uma experiência pessoal, quando foi convidada a percorrer o Caminho de Santiago, Anna passou a se conhecer melhor. Com esse auto-conhecimento definiu o diagrama das raízes emocionais anti-éticas, destrutivas e culturais. São nove demônios que estão dentro de nós o tempo todo, diariamente. Entramos todos os dias na onipotência, no julgamento, na rejeição, na culpa, no medo, na raiva, na carência, no orgulho e no poder (é a maçã). Imagina o que circula diariamente em nossas ondas. O correto seria nos fixarmos no diagrama das raízes emocionais éticas, positivas e naturais. Seria percorrermos nossos dias na humildade, na compreensão, na aceitação, na responsabilidade, na auto-preservação, na justa indignação, na união, no prazer e na competência. Não temos que provar nada, temos que realizar as coisas por prazer, estamos no planeta dos sentidos. Temos que usar nosso potencial, nossa competência, nosso talento. Você é única, sua digital é única. Ninguém faz o que você faz do seu jeito. Não existe culpa. Podemos renascer a cada dia, a cada pensamento e a cada emoção.
Toda a criação humana teve origem a partir da imaginação de alguma mente. E todo pensamento tem uma seqüência que emite sinais. Essa é a lei da atração. É preciso assumir a responsabilidade de que nós somos a grande causa, somos os criadores dos efeitos de nossa vida. O físico David Bono afirmou, "o campo quântico é um meio contínuo presente em todo o universo. Um tipo de energia maleável à intenção humana. Como se nossa expectativa pudesse causar ou afetar outros fluxos de energia".
Para a terapeuta, precisamos alcançar o nosso lugar de direito. Sermos deuses de nossas próprias vidas. A competência é uma manifestação de seu potencial. E o poder é a onipotência do ego. A competição é o desejo de afirmação. Já o potencial é fruto da humildade. Todo o conhecimento está contido em cada indivíduo e em cada coisa. Do micro ao macro é um todo completo. Somos completos e únicos. O que define o que vemos é a crença. Uma mistura de memória com interpretação pessoal. Não estamos no mundo. O mundo que percebemos está dentro de nós. É efeito de nossas idéias. Somos um todo dinâmico e inseparável. Somos o universo olhando para si mesmo, dentro de si mesmo. Somos um!
Para finalizar, Anna afirma que estamos vivendo um momento especial "a casca velha vai cair e algo novo vai nascer. Estamos chegando lá, estamos em um processo de conscientização da humanidade". Para ela, o trabalho do Instituto Via de Acesso já é um caminho para o novo, para o mundo que está por vir e que será muito melhor.
( postado por Banca da Cultura Sustentável)
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Angústia
O choro,
O lamento,
As palavras,
Os sentimentos,
Uma angústia .
Tudo aqui ...
Preso,
Abafado,
Urgindo
por ser.
O lamento,
As palavras,
Os sentimentos,
Uma angústia .
Tudo aqui ...
Preso,
Abafado,
Urgindo
por ser.
domingo, 10 de abril de 2011
Só Os Loucos Sabem
Agora eu sei exatamente o que fazer,
Bom recomeçar, poder contar com você,
Pois eu me lembro de tudo irmão, eu estava lá também,
Um homem quando esta em paz, não quer guerra com ninguém,
Eu segurei minhas lágrimas, pois não queria demonstrar a emoção,
Já que estava ali só pra observar e aprender um pouco mais sobre a percepção,
Eles dizem que é impossível encontrar o amor sem perder a razão,
Mas pra quem tem pensamento forte, o impossível é só questão de opinião
E disso os loucos sabem, só os loucos sabem,
Disso os loucos sabem, só os loucos sabem
Toda positividade eu desejo a você,
Pois precisamos disso, nos dias de luta,
O medo cega os nossos sonhos,
O medo cega os nossos sonhos,
Menina linda eu quero morar na sua rua,
Você deixou saudade, você deixou saudade,
Quero te ver outra vez, quero te ver outra vez,
Você deixou saudade,
Agora eu sei exatamente o que fazer,
Bom recomeçar, poder contar com você,
Pois eu me lembro de tudo irmão, eu estava lá também
Um homem quando está em paz não quer guerra com ninguém.
(Charlie Brown Jr)
Bom recomeçar, poder contar com você,
Pois eu me lembro de tudo irmão, eu estava lá também,
Um homem quando esta em paz, não quer guerra com ninguém,
Eu segurei minhas lágrimas, pois não queria demonstrar a emoção,
Já que estava ali só pra observar e aprender um pouco mais sobre a percepção,
Eles dizem que é impossível encontrar o amor sem perder a razão,
Mas pra quem tem pensamento forte, o impossível é só questão de opinião
E disso os loucos sabem, só os loucos sabem,
Disso os loucos sabem, só os loucos sabem
Toda positividade eu desejo a você,
Pois precisamos disso, nos dias de luta,
O medo cega os nossos sonhos,
O medo cega os nossos sonhos,
Menina linda eu quero morar na sua rua,
Você deixou saudade, você deixou saudade,
Quero te ver outra vez, quero te ver outra vez,
Você deixou saudade,
Agora eu sei exatamente o que fazer,
Bom recomeçar, poder contar com você,
Pois eu me lembro de tudo irmão, eu estava lá também
Um homem quando está em paz não quer guerra com ninguém.
(Charlie Brown Jr)
Fugindo de casa ....
A verdadeira arte de viajar ...
A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa,
Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo.
Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali ...
Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando !
( Mário Quintana )
A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa,
Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo.
Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali ...
Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando !
( Mário Quintana )
Sou grata, te amo
Sou grata.
Obrigada por estar aqui , agora.
Sou grata,
por ser quem és, por existir.
E ao te encontrar,
me encontrar .... também.
Te amo.
Obrigada por estar aqui , agora.
Sou grata,
por ser quem és, por existir.
E ao te encontrar,
me encontrar .... também.
Te amo.
Olhar das Montanhas
Há um pouco mais de um atrás, resolvi fazer esse blog, para que eu pudesse ter um espaço onde colocar meus riscos e rabiscos e minhas tentativas de escrever , quem sabe uma crônica, uma poesia. Nossa! , quanta pretensão. Na verdade um lugar meu, com o que gosto, desgosto, admiro, repudio, critico e aquilo que me causa indignação. Mas hoje percebo nesse lugar, muito mais as coisas que despertam alegria e prazer.
Minha inspiração , óbvio, é o amor , o reencontro. O amor sempre inspirando nossas vidas, nossas atitudes e transformações. Existe algo mais belo?
Olhar das montanhas, esse nome, porque amo as montanhas, adoro estar próxima ou em contato direto com a natureza e tudo que ela nos remete.Nas montanhas , me sinto ancorada, segura, mais forte, é uma fonte inesgotável de energia, de paz, de vida....
De lá do alto das montanhas, vemos o mundo de várias perspectivas, muitas vertentes, e assim percebemos muito mais a nós mesmos, aos outros , ao universo. Tudo se expande ao infinito e outras coisas tornam- se tão pequeninas, medíocres.
Se quisermos.... podemos voar.....
Minha inspiração , óbvio, é o amor , o reencontro. O amor sempre inspirando nossas vidas, nossas atitudes e transformações. Existe algo mais belo?
Olhar das montanhas, esse nome, porque amo as montanhas, adoro estar próxima ou em contato direto com a natureza e tudo que ela nos remete.Nas montanhas , me sinto ancorada, segura, mais forte, é uma fonte inesgotável de energia, de paz, de vida....
De lá do alto das montanhas, vemos o mundo de várias perspectivas, muitas vertentes, e assim percebemos muito mais a nós mesmos, aos outros , ao universo. Tudo se expande ao infinito e outras coisas tornam- se tão pequeninas, medíocres.
Se quisermos.... podemos voar.....
Inspiração
O outono chegou....
e com ele os dias mais lindos,
as noites mais encantadoras
e também inspiradoras.
As lembranças de dias mais felizes,
de nosso reencontro, de nossas vidas.
E hoje ao sentir essa brisa,
esse dia surgindo , o sol meio tímido,
e esse aroma de primavera....
Me olho, me vejo,
e ao me mirrar,
te olho, te percebo,
somos um só.
e com ele os dias mais lindos,
as noites mais encantadoras
e também inspiradoras.
As lembranças de dias mais felizes,
de nosso reencontro, de nossas vidas.
E hoje ao sentir essa brisa,
esse dia surgindo , o sol meio tímido,
e esse aroma de primavera....
Me olho, me vejo,
e ao me mirrar,
te olho, te percebo,
somos um só.
sábado, 9 de abril de 2011
Pensamentos...
Na minha concepção, o verdadeiro mestre é aquele que vai ao encontro das pessoas, está junto delas, para ensinar , e com suas atitudes exemplificar. Como ensinar aquilo que não exercitamos? Seria no mínimo contraditório.
Se , de fato, desejamos e queremos ensinar , contribuir com a sociedade de alguma forma é necess´rio que haja uma movimentação, que caminhemos saindo de nossa zona de conforto.
Ninguém melhor do que nosso Mestre Jesus Cristo para exemplificar... com seus gestos, palavras, atitudes.
Estamos muitos distantes de Jesus, em atitude, mas se permanecermos imóveis , nada irá se transformar.
O movimento, a ação é imprescindível. O momento sempre é o agora.
O Amor é o sentimento, a força mais poderosa que existe.
Amor, a única revolução verdadeira.
Se , de fato, desejamos e queremos ensinar , contribuir com a sociedade de alguma forma é necess´rio que haja uma movimentação, que caminhemos saindo de nossa zona de conforto.
Ninguém melhor do que nosso Mestre Jesus Cristo para exemplificar... com seus gestos, palavras, atitudes.
Estamos muitos distantes de Jesus, em atitude, mas se permanecermos imóveis , nada irá se transformar.
O movimento, a ação é imprescindível. O momento sempre é o agora.
O Amor é o sentimento, a força mais poderosa que existe.
Amor, a única revolução verdadeira.
Para refletir...
Durante milhares de anos temos trabalhado para fazer deste planeta um grande hospício, e infelizmente conseguimos.
Em toda parte as mesmas coisas se repetem: as pessoas estão se matando umas às outras, há violência pelo simples motivo que nós, de maneira muito sutil, não permitimos que as pessoas usem suas energias de formas criativas.
E, sempre que as energias criativas são bloqueadas, tornam-se destrutivas.
A violência não é o verdadeiro problema. O verdadeiro problema é como ajudar as pessoas a serem criativas. Uma pessoa criativa não pode ser violenta porque suas energias estão se movendo em direção ao divino. Então você não pode ser violento, não pode ser destrutivo; isso é impossível.
Contudo, por milhares de anos destruímos todas as portas possíveis para a criatividade. Em vez de ajudar as pessoas a serem criativas, nós as treinamos para serem destrutivas. Guerreiros, soldados: nós os respeitamos demais.
Precisamos de amantes, não de combatentes. Mas o amor é condenado e a violência valorizada. É mais fácil brigar com uma pessoa e decidir quem está certo. A lei do mais forte — a lei da selva continua valendo.
Dizemos que os homens são civilizados... Eles ainda têm que se tornar civilizados. Essa é apenas uma ideia que ainda não foi concretizada. Os homens são civilizados apenas superficialmente, é apenas uma camada de verniz.
Basta arranhar essa superfície e você irá encontrar o animal por baixo — uma besta feroz, muito mais feroz que qualquer animal selvagem.
Nenhum animal, por mais selvagem que seja, usa bombas — bombas atômicas, bombas de hidrogênio. Comparado aos homens e à sua violência, qualquer animal fica muito aquém.
Osho, em "Osho de A a Z: Um Dicionário Espiritual do Aqui e Agora"
Em toda parte as mesmas coisas se repetem: as pessoas estão se matando umas às outras, há violência pelo simples motivo que nós, de maneira muito sutil, não permitimos que as pessoas usem suas energias de formas criativas.
E, sempre que as energias criativas são bloqueadas, tornam-se destrutivas.
A violência não é o verdadeiro problema. O verdadeiro problema é como ajudar as pessoas a serem criativas. Uma pessoa criativa não pode ser violenta porque suas energias estão se movendo em direção ao divino. Então você não pode ser violento, não pode ser destrutivo; isso é impossível.
Contudo, por milhares de anos destruímos todas as portas possíveis para a criatividade. Em vez de ajudar as pessoas a serem criativas, nós as treinamos para serem destrutivas. Guerreiros, soldados: nós os respeitamos demais.
Precisamos de amantes, não de combatentes. Mas o amor é condenado e a violência valorizada. É mais fácil brigar com uma pessoa e decidir quem está certo. A lei do mais forte — a lei da selva continua valendo.
Dizemos que os homens são civilizados... Eles ainda têm que se tornar civilizados. Essa é apenas uma ideia que ainda não foi concretizada. Os homens são civilizados apenas superficialmente, é apenas uma camada de verniz.
Basta arranhar essa superfície e você irá encontrar o animal por baixo — uma besta feroz, muito mais feroz que qualquer animal selvagem.
Nenhum animal, por mais selvagem que seja, usa bombas — bombas atômicas, bombas de hidrogênio. Comparado aos homens e à sua violência, qualquer animal fica muito aquém.
Osho, em "Osho de A a Z: Um Dicionário Espiritual do Aqui e Agora"
quinta-feira, 7 de abril de 2011
por Dalai Lama
"Sejamos a mudanca que queremos ver no mundo"
"Se você quer transformar o mundo, experimente primeiro promover o seu aperfeiçoamento pessoal e realizar inovações no seu próprio interior. Estas atitudes se refletirão em mudanças positivas no seu ambiente familiar. Deste ponto em diante, as mudanças se expandirão em proporções cada vez maiores. Tudo o que fazemos produz efeito, causa algum impacto."
Dalai Lama
"Se você quer transformar o mundo, experimente primeiro promover o seu aperfeiçoamento pessoal e realizar inovações no seu próprio interior. Estas atitudes se refletirão em mudanças positivas no seu ambiente familiar. Deste ponto em diante, as mudanças se expandirão em proporções cada vez maiores. Tudo o que fazemos produz efeito, causa algum impacto."
Dalai Lama
Tragédias?
Já vi e ouvi o suficiente. Nada fará modificar o que já foi feito. adianta passar o dia lendo, ouvindo, comentando...
Decido por modificar minha energia e a que me envolve, aqui e agora....
Afinal, estamos todos interligados, como numa teia gigante , infinita, cósmica...
Então... será mais útil refletir sobre todos os acontecimentos, nossas vidas, nossas relações e o que posso modificar ... dentro das minhas limitações.
Tento transmutar para a paz, a luz e o Amor.... assim que tenho aprendido mas preciso exercitar....
Em tudo há um aprendizado, algo há ser feito começando dentro de nós mesmos...
Decido por modificar minha energia e a que me envolve, aqui e agora....
Afinal, estamos todos interligados, como numa teia gigante , infinita, cósmica...
Então... será mais útil refletir sobre todos os acontecimentos, nossas vidas, nossas relações e o que posso modificar ... dentro das minhas limitações.
Tento transmutar para a paz, a luz e o Amor.... assim que tenho aprendido mas preciso exercitar....
Em tudo há um aprendizado, algo há ser feito começando dentro de nós mesmos...
domingo, 3 de abril de 2011
Escrever...
Há muito tempo, falta-me inspiração para escrever, colocar no papel , todos os sentimentos diversos , de amor, paz, carinho, felicidade, indignação, questionamentos, alegrias, enfim....
Um mundo interior repleto . Muitas vezes sinto essa necessidade de silenciar e apenas observar e participar de formas diversas...
Observei que esses momentos de urgência , em escrever, surge nos extremos....
Extremo de alegria, de tristeza, de dor, de indignação ou desencanto.
Assim como, da mesma forma, o silêncio absoluto, como uma forma de ressurgir, respirar, fortalecer, se perceber...
Tenho muitas ideias, tantas coisas para falar , compartilhar... muitas vezes o momento passa e deixa de ser.
É necessário aguardar .... para nascer .
Um mundo interior repleto . Muitas vezes sinto essa necessidade de silenciar e apenas observar e participar de formas diversas...
Observei que esses momentos de urgência , em escrever, surge nos extremos....
Extremo de alegria, de tristeza, de dor, de indignação ou desencanto.
Assim como, da mesma forma, o silêncio absoluto, como uma forma de ressurgir, respirar, fortalecer, se perceber...
Tenho muitas ideias, tantas coisas para falar , compartilhar... muitas vezes o momento passa e deixa de ser.
É necessário aguardar .... para nascer .
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
domingo, 20 de fevereiro de 2011
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Por do Sol
Além daquela linha
existem muitos mundos
tantos lugares, vidas,
quantas histórias.
Caminho, caminho,
vagueio , viajo...
Me transporto
par tantos lugares,
vou aonde quiser.
Neste instante,
não há limites, fronteiras,
tudo é possivel
e permitido.
Lá , atrás do pontal ,
o Sol se põe, lindo,
maravilhoso.
Nossa ! , quanta luz,
quanta energia.
Maravilhoso estar aqui,
ter escolhido esse momento
para essa viagem.
existem muitos mundos
tantos lugares, vidas,
quantas histórias.
Caminho, caminho,
vagueio , viajo...
Me transporto
par tantos lugares,
vou aonde quiser.
Neste instante,
não há limites, fronteiras,
tudo é possivel
e permitido.
Lá , atrás do pontal ,
o Sol se põe, lindo,
maravilhoso.
Nossa ! , quanta luz,
quanta energia.
Maravilhoso estar aqui,
ter escolhido esse momento
para essa viagem.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Tudo e nada nos pertence
"Tudo que tens hoje,
pertencia a outra pessoa ontem,
e pertencerá a outra no dia de amanhã.
Erradamente desfrutastes da idéia que isso te pertence.
E' esta falsa felicidade
a causa de seus sofrimentos.
"Em qualquer momento tu podes ser um
m i l i o n á r i o e,
no seguinte, podes cair em
p o b r e z a.
O inverso também é verdadeiro.
Teus e meus, grandes e pequenos,
apague essas idéias de tua mente.
Então, tudo te pertencerá
e todos serão donos.
Esse corpo te pertence,
Também tu não és desse corpo".
Bhagavad Gita
pertencia a outra pessoa ontem,
e pertencerá a outra no dia de amanhã.
Erradamente desfrutastes da idéia que isso te pertence.
E' esta falsa felicidade
a causa de seus sofrimentos.
"Em qualquer momento tu podes ser um
m i l i o n á r i o e,
no seguinte, podes cair em
p o b r e z a.
O inverso também é verdadeiro.
Teus e meus, grandes e pequenos,
apague essas idéias de tua mente.
Então, tudo te pertencerá
e todos serão donos.
Esse corpo te pertence,
Também tu não és desse corpo".
Bhagavad Gita
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Nunca Adie, por Osho
Não estou em busca de outro mundo, de uma coisa que exista depois da morte; meu esforço é para transformar este momento, aqui e agora, em paraíso — não sou a favor do adiamento.
Todas as pessoas que dizem "Se você for virtuoso, depois da morte terá a recompensa" estão mentindo, pois quem sabe o que vem depois da morte? Ninguém volta para contar.
Essas pessoas que nos dizem isso não sabem de nada, apenas repetem, como papagaios.
Eu digo: nunca adie. Adiar é um truque muito sutil da mente. Viva o momento na totalidade. Lembre-se sempre de que este é o único momento que você tem — não há outro momento, não há outro mundo. Este mundo é Deus, não há outro deus.
Quando essa visão se firma em você, ela transforma toda sua vida. E então as pequenas coisas ficam tão belas, o mundo se torna sagrado, o comum de repente se torna extraordinário
Espelho meu
Tenho visto tantas coisas
cenas, histórias, pessoas perdidas
outras que se encontraram...
Lama, casas tombadas, perdas, luto...
são tantas histórias que presenciei
como cenas de filme, difícil de crer verdadeiras.
Mas estava tudo ali na minha frente, aos meu olhos.
Pura realidade ....
Estou viva, respiro, sangue circula em minhas veias,
Meu coração bate e agradeço tanto por estar viva
aqui, agora, nesse momento.
Me vejo, me olho no espelho...
de minha alma e hoje sem sombra de dúvida
Sei exatamente o que é significativo para minha vida.
cenas, histórias, pessoas perdidas
outras que se encontraram...
Lama, casas tombadas, perdas, luto...
são tantas histórias que presenciei
como cenas de filme, difícil de crer verdadeiras.
Mas estava tudo ali na minha frente, aos meu olhos.
Pura realidade ....
Estou viva, respiro, sangue circula em minhas veias,
Meu coração bate e agradeço tanto por estar viva
aqui, agora, nesse momento.
Me vejo, me olho no espelho...
de minha alma e hoje sem sombra de dúvida
Sei exatamente o que é significativo para minha vida.
sábado, 22 de janeiro de 2011
A Maledicência
A maledicência é, sem sombra de dúvidas, o pior e mais perigoso tipo de lixo psicológico.
Falar mal dos outros, desenvolver o hábito de criticar constantemente pessoas ou situações são atitudes que trazem, para quem as pratica, duas conseqüências: a primeira, é o acúmulo de ódio e negativismo inúteis, pois em nada melhoram o mundo.
A segunda, talvez a pior, é que essas atitudes se tornam programas que o subconsciente adota para a vida das pessoas que agem assim.
Quando você dá uma de justiceiro e critica a atitude dos outros, pense bem se já não cometeu erros semelhantes.
Quando você diz qualquer coisa que comece com “ tem gente que não se manca...” com certeza, você ainda vai dar uma porção de mancadas iguais.
Veja lá onde você coloca a sua atenção e emoção, pois o seu subconsciente acaba assumindo como importante tudo o que vocÊ valorizou.
Para se livrar desse tão terrível hábito, o melhor é aprender a não ser intrometido. Comece a usar a expressão
“ EU NÃO TENHO NADA COM ISSO” pelo menos umas 50 vezes por dia, durante uma semana, com a rigidez de um general.
Falar mal dos outros, desenvolver o hábito de criticar constantemente pessoas ou situações são atitudes que trazem, para quem as pratica, duas conseqüências: a primeira, é o acúmulo de ódio e negativismo inúteis, pois em nada melhoram o mundo.
A segunda, talvez a pior, é que essas atitudes se tornam programas que o subconsciente adota para a vida das pessoas que agem assim.
Quando você dá uma de justiceiro e critica a atitude dos outros, pense bem se já não cometeu erros semelhantes.
Quando você diz qualquer coisa que comece com “ tem gente que não se manca...” com certeza, você ainda vai dar uma porção de mancadas iguais.
Veja lá onde você coloca a sua atenção e emoção, pois o seu subconsciente acaba assumindo como importante tudo o que vocÊ valorizou.
Para se livrar desse tão terrível hábito, o melhor é aprender a não ser intrometido. Comece a usar a expressão
“ EU NÃO TENHO NADA COM ISSO” pelo menos umas 50 vezes por dia, durante uma semana, com a rigidez de um general.
Recado
Nesta época de desastres ambientais, catástrofes naturais , muitas pessoas estão precisando de nossa ajuda. Ricos , pobres, não importa a classe social. Porque o que aconteceu na região serra pode acontecer com qualquer um de nós ao contrário do pensam os que se acham invulneráveis, quase deuses.
É bom sair do salto , deixarmos de nos acharmos seres superiores e repensar alguns conceitos. Mas com certeza tem aqueles que não estão nem aí pra nada disso contanto que suas geladeiras estejam lotadas de cerveja e o churrasco na brasa. Bem, cada um no seu quadrado.
É muito legal, estar com pessoas , de todas as classes, empresários, pilotos, estudantes, jovens, trabalhadores, todos juntos unidos para ajudar outras pessoas que nesse momento estão em situação de miséria ; como eu própria estou vivenciando de perto já que estive duas vezes na região serrana com um grupo de amigos.
Então se você não quer ou não tem disponibilidade interior para ajudar e nem sair do casulo .... não atrapalhe.
Não critique e nem use suas palavras para comentários medíocres. Fique na sua , o silêncio é sinal de inteligência.
Cada um dá o que tem pra dar .
É bom sair do salto , deixarmos de nos acharmos seres superiores e repensar alguns conceitos. Mas com certeza tem aqueles que não estão nem aí pra nada disso contanto que suas geladeiras estejam lotadas de cerveja e o churrasco na brasa. Bem, cada um no seu quadrado.
É muito legal, estar com pessoas , de todas as classes, empresários, pilotos, estudantes, jovens, trabalhadores, todos juntos unidos para ajudar outras pessoas que nesse momento estão em situação de miséria ; como eu própria estou vivenciando de perto já que estive duas vezes na região serrana com um grupo de amigos.
Então se você não quer ou não tem disponibilidade interior para ajudar e nem sair do casulo .... não atrapalhe.
Não critique e nem use suas palavras para comentários medíocres. Fique na sua , o silêncio é sinal de inteligência.
Cada um dá o que tem pra dar .
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
O preço de não escutar a natureza
Leonardo Boff
Filósofo/Teólogo
O cataclisma ambiental, social e humano que se abateu sobre as três cidades serranas do Estado do Rio de Janeiro, Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, na segunda semana de janeiro, com centenas de mortos, destruição de regiões inteiras e um incomensurável sofrimento dos que perderam familiares, casas e todos os haveres tem como causa mais imediata as chuvas torrenciais, próprias do verão, a configuração geofísica das montanhas, com pouca capa de solo sobre o qual cresce exuberante floresta subtropical, assentada sobre imensas rochas lisas que por causa da infiltração das águas e o peso da vegetação provocam frequentemente deslizamentos fatais.
Culpam-se pessoas que ocuparam áreas de risco, incriminam-se políticos corruptos que destribuíram terrenos perigosos a pobres, critica-se o poder público que se mostrou leniente e não fez obras de prevenção, por não serem visíveis e não angariarem votos. Nisso tudo há muita verdade. Mas nisso não reside a causa principal desta tragédia avassaladora.
A causa principal deriva do modo como costumamos tratar a natureza. Ela é generosa para conosco pois nos oferece tudo o que precisamos para viver. Mas nós, em contrapartida, a consideramos como um objeto qualquer, entregue ao nosso bel-prazer, sem nenhum sentido de responsabilidade pela sua preservação nem lhe damos alguma retribuição. Ao contrario, tratamo-la com violência, depredamo-la, arrancando tudo o que podemos dela para nosso benefício. E ainda a transformamos numa imensa lixeira de nossos dejetos.
Pior ainda: nós não conhecemos sua natureza e sua história. Somos analfabetos e ignorantes da história que se realizou nos nossos lugares no percurso de milhares e milhares de anos. Não nos preocupamos em conhecer a flora e a fauna, as montanhas, os rios, as paisagens, as pessoas significativas que ai viveram, artistas, poetas, governantes, sábios e construtores.
Somos, em grande parte, ainda devedores do espírito científico moderno que identifica a realidade com seus aspectos meramente materiais e mecanicistas sem incluir nela, a vida, a consciência e a comunhão íntima com as coisas que os poetas, músicos e artistas nos evocam em suas magníficas obras. O universo e a natureza possuem história. Ela está sendo contada pelas estrelas, pela Terra, pelo afloramento e elevação das montanhas, pelos animais, pelas florestas e pelos rios. Nossa tarefa é saber escutar e interpretar as mensagens que eles nos mandam. Os povos originários sabiam captar cada movimento das nuvens, o sentido dos ventos e sabiam quando vinham ou não trombas d’água. Chico Mendes com quem participei de longas penetrações na floresta amazônica do Acre sabia interpretar cada ruído da selva, ler sinais da passagem de onças nas folhas do chão e, com o ouvido colado ao chão, sabia a direção em que ia a manada de perigosos porcos selvagens. Nós desaprendemos tudo isso. Com o recurso das ciências lemos a história inscrita nas camadas de cada ser. Mas esse conhecimento não entrou nos currículos escolares nem se transformou em cultura geral. Antes, virou técnica para dominar a natureza e acumular.
No caso das cidades serranas: é natural que haja chuvas torrenciais no verão. Sempre podem ocorrer desmoronamentos de encostas. Sabemos que já se instalou o aquecimento global que torna os eventos extremos mais freqüentes e mais densos. Conhecemos os vales profundos e os riachos que correm neles. Mas não escutamos a mensagem que eles nos enviam que é: não construir casas nas encostas; não morar perto do rio e preservar zelosamente a mata ciliar. O rio possui dois leitos: um normal, menor, pelo qual fluem as águas correntes e outro maior que dá vazão às grandes águas das chuvas torrenciais. Nesta parte não se pode construir e morar.
Estamos pagando alto preço pelo nosso descaso e pela dizimação da mata atlântica que equilibrava o regime das chuvas. O que se impõe agora é escutar a natureza e fazer obras preventivas que respeitem o modo de ser de cada encosta, de cada vale e de cada rio.
Só controlamos a natureza na medida em que lhe obedecemos e soubermos escutar suas mensagens e ler seus sinais. Caso contrário teremos que contar com tragédias fatais evitáveis.
Filósofo/Teólogo
O cataclisma ambiental, social e humano que se abateu sobre as três cidades serranas do Estado do Rio de Janeiro, Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, na segunda semana de janeiro, com centenas de mortos, destruição de regiões inteiras e um incomensurável sofrimento dos que perderam familiares, casas e todos os haveres tem como causa mais imediata as chuvas torrenciais, próprias do verão, a configuração geofísica das montanhas, com pouca capa de solo sobre o qual cresce exuberante floresta subtropical, assentada sobre imensas rochas lisas que por causa da infiltração das águas e o peso da vegetação provocam frequentemente deslizamentos fatais.
Culpam-se pessoas que ocuparam áreas de risco, incriminam-se políticos corruptos que destribuíram terrenos perigosos a pobres, critica-se o poder público que se mostrou leniente e não fez obras de prevenção, por não serem visíveis e não angariarem votos. Nisso tudo há muita verdade. Mas nisso não reside a causa principal desta tragédia avassaladora.
A causa principal deriva do modo como costumamos tratar a natureza. Ela é generosa para conosco pois nos oferece tudo o que precisamos para viver. Mas nós, em contrapartida, a consideramos como um objeto qualquer, entregue ao nosso bel-prazer, sem nenhum sentido de responsabilidade pela sua preservação nem lhe damos alguma retribuição. Ao contrario, tratamo-la com violência, depredamo-la, arrancando tudo o que podemos dela para nosso benefício. E ainda a transformamos numa imensa lixeira de nossos dejetos.
Pior ainda: nós não conhecemos sua natureza e sua história. Somos analfabetos e ignorantes da história que se realizou nos nossos lugares no percurso de milhares e milhares de anos. Não nos preocupamos em conhecer a flora e a fauna, as montanhas, os rios, as paisagens, as pessoas significativas que ai viveram, artistas, poetas, governantes, sábios e construtores.
Somos, em grande parte, ainda devedores do espírito científico moderno que identifica a realidade com seus aspectos meramente materiais e mecanicistas sem incluir nela, a vida, a consciência e a comunhão íntima com as coisas que os poetas, músicos e artistas nos evocam em suas magníficas obras. O universo e a natureza possuem história. Ela está sendo contada pelas estrelas, pela Terra, pelo afloramento e elevação das montanhas, pelos animais, pelas florestas e pelos rios. Nossa tarefa é saber escutar e interpretar as mensagens que eles nos mandam. Os povos originários sabiam captar cada movimento das nuvens, o sentido dos ventos e sabiam quando vinham ou não trombas d’água. Chico Mendes com quem participei de longas penetrações na floresta amazônica do Acre sabia interpretar cada ruído da selva, ler sinais da passagem de onças nas folhas do chão e, com o ouvido colado ao chão, sabia a direção em que ia a manada de perigosos porcos selvagens. Nós desaprendemos tudo isso. Com o recurso das ciências lemos a história inscrita nas camadas de cada ser. Mas esse conhecimento não entrou nos currículos escolares nem se transformou em cultura geral. Antes, virou técnica para dominar a natureza e acumular.
No caso das cidades serranas: é natural que haja chuvas torrenciais no verão. Sempre podem ocorrer desmoronamentos de encostas. Sabemos que já se instalou o aquecimento global que torna os eventos extremos mais freqüentes e mais densos. Conhecemos os vales profundos e os riachos que correm neles. Mas não escutamos a mensagem que eles nos enviam que é: não construir casas nas encostas; não morar perto do rio e preservar zelosamente a mata ciliar. O rio possui dois leitos: um normal, menor, pelo qual fluem as águas correntes e outro maior que dá vazão às grandes águas das chuvas torrenciais. Nesta parte não se pode construir e morar.
Estamos pagando alto preço pelo nosso descaso e pela dizimação da mata atlântica que equilibrava o regime das chuvas. O que se impõe agora é escutar a natureza e fazer obras preventivas que respeitem o modo de ser de cada encosta, de cada vale e de cada rio.
Só controlamos a natureza na medida em que lhe obedecemos e soubermos escutar suas mensagens e ler seus sinais. Caso contrário teremos que contar com tragédias fatais evitáveis.
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