Ai, quem me dera terminasse a espera
Retornasse o canto simples e sem fim
E ouvindo o canto se chorasse tanto
Que do mundo o pranto se estancasse enfim
Ai, quem me dera ver morrer a fera
Ver nascer o anjo, ver brotar a flor
Ai, quem me dera uma manhã feliz
Ai, quem me dera uma estação de amor
Ah, se as pessoas se tornassem boas
E cantassem loas e tivessem paz
E pelas ruas se abraçassem nuas
E duas a duas fossem casais
Ai, quem me dera ao som de madrigais
Ver todo mundo para sempre afim
E a liberdade nunca ser demais
E não haver mais solidão ruim
Ai, quem me dera ouvir o nunca-mais
Dizer que a vida vai ser sempre assim
E, finda a espera, ouvir na primavera
Alguém chamar por mim
2 comentários:
Paula parabéns está cada vez mais lindo tudo nesse blog.Nossa essência quando chega perto de nós é como imã, nem precisa esforço para identificá-la né? Parab´ns de novo pelo texto belíssimo de Fernando Pessoa e pelos campos de lavanda de Provence , indescritíveis. Bjuss Regina
Aqui tem tudo que gosto, acredito, critico, não gosto, enfim...insights , catrses, viajens...
e sei que todos que tenho afinidade, virão sempre me ler e compartilhar. Bjs, te amo, Paula.
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