Há duas semanas atrás, assisti a uma palestra numa casa espírita, aqui no Rio de Janeiro, que costumo frequentar. Achei muito interessante a explanação que falava a respeito das dificuldades encontradas por Simão Pedro; quando discípulo de nosso amado mestre Jesus Cristo; suas fraquezas, inseguranças, dúvidas, falta de fé, inerentes a nós seres terráqueos. E da forma doce e sempre indulgente com que nosso mestre conduzia e compreendia essas angústias de nossa alma; nesse caso referente à Pedro.
O palestrante citou o grande e verdadeiro amor que Pedro tinha por Jesus e que mesmo assim, ele o "negou" por três vezes as vésperas de sua crucificação. Jesus de Nazaré, já sabia o que iria acontecer e entendia, desde sempre, nossas dificuldades, nossas limitações, nossas paixões.
Ele compreendia as prostitutas,assim como seus clientes e, também ,os que atiravam pedras... A hipocrisia, que acompanha todas as culturas na face da Terra. " Que atire a primeira pedra quem nunca pecou", quem nunca foi ausente, indiferente , egoísta, egocêntrico, vaidoso.... Nenhum de nós poderá jamais atirar qualquer pedra que seja se tivermos a coragem e ousadia de olharmos bem no cerne de nossa alma e nos encararmos de frente como num espelho.
Nossa!, como somos hipócritas, adoramos julgar e condenar os outros como se fossemos juízes e espíritos superiores, perfeitos... Como é tão difícil nos colocarmos no lugar do outro e tentar, ao menos, compreender... Respeitar momentos, dores, alegrias, dificuldades interiores, limitações físicas e emocionais, respeitar o silêncio.
Muitas vezes o que é fácil para alguém pode ser extremamente difícil para outra pessoa. Cada pessoa é única, com códigos genéticos diversos, constelações familiares e heranças diferentes, dores e cicatrizes vivenciadas por cada um. Várias pessoas podem estar olhando uma mesma estátua e descrevê-la, cada um, de mil formas diferentes; tudo vai depender do ponto de vista, do posicionamento, do ângulo em que se encontrem.
Assim finalizando, gostei muito da palestra porque tem a ver com todas as épocas de nossa humanidade. Nossas dificuldades interiores, de todos, e como é difícil, simplesmente, nos amarmos e ajudarmos sem julgamentos. Por mais conhecimento teórico e filosófico que tenhamos adquirido ao longo de nossa jornada, na prática , como é difícil, assim como foi para Simão Pedro, sermos irmãos. Nosso querido mestre, Jesus de Nazaré, nos deixou esse legado de amor, para sempre.
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